Por Roserval Ramos
O que é representar o povo?
As sessões da Câmara Municipal de Xinguara, retomadas no início deste mês, após o recesso do meio do ano, já transcorreram e se encerra, numa sequência de quatro dias consecutivos, nessa quinta-feira, 06.
A não ser os casos particulares, apresentados pelo vereador Amilton Pereira Cunha, o Manga – PSC, as sessões serviram, por outro lado, para debates entorno de informações gravíssimas que pesam contra a administração na área da saúde.
Em suas proposituras, Manga chega a constranger os seus pares com excessos de indicações de títulos honorífico. Ao todo, foram 14 indicações.
O vereador poderá entrar para o Guines Book, pois, nunca na história do legislativo de Xinguara se teve tanta indicação por um único vereador, apesar de o Regimento Interno da Câmara ser bem claro quanto ao rito. “O título honorifico será concedido à pessoa que tenha reconhecido serviços prestados no município”, o que não parece o caso.
Outras questões que não passam despercebidas, por quem adentra ao plenário da casa legislativa de Xinguara, é a ausência da imagem da presidente Dilma Rousseff, onde se vê apenas as dos membros da mesa diretora, do prefeito e do governador.
O presidente da CMX chega a ser exagerado em suas intervenções antirregimentais, o que deixa as sessões entediantes. Isso tem afugentado a população nos únicos dias de sessões, apenas quatro por mês.
Em muitos casos, a representação do pleno exercício do cargo de vereador é feita pelas conveniências. Sob as desculpas de estar trabalhando, por exemplo, uma das estratégias é o acompanhamento das máquinas da prefeitura, sem qualquer característica fiscalizadora.
A um ano das eleições municipais, a expectativa já flui em torno da renovação do quadro da Câmara de Xinguara, que sempre tem deixado os inoperantes de fora de um mandato seguinte, a não ser pelo uso do poder econômico.