Educação

SINTEPP de Xinguara repudia decisão judicial que condena a entidade a pagar indenização

O SINTEPP – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, SUBSEDE de Xinguara, publicou uma nota de Repúdio e Esclarecimento, sobre a decisão judicial que, condena a entidade a pagar uma indenização no  valor de R$ 6.085,50, (seis mil oitenta e cinco reais e cinquenta centavos), ao ex-secretário de educação do município de Xinguara, professor Vilmones da Silva.

O processo movido pelo ex-secretário de educação tramitava na 2ª Vara do Fórum de Xinguara desde 2014, quando a classe dos Trabalhadores em Educação ficou de greve reivindicando uma serie de demandas em beneficio tanto da categoria, quanto da população assistida pela rede municipal de ensino.

A greve de 2014, tomou proporção a nível mundial. Entenda o caso clicando no link.

Professoras e Professores que colocaram suas vidas em risco durante a greve da educação em defesa de uma educação pública municipal de qualidade

A atual coordenação do Sintepp de Xinguara, disse a nossa reportagem que a situação causou tristeza em todos os filiados, “recebeu a informação da decisão de execução judicial contra a entidade com muita tristeza, pois não esperávamos que um filiado e ex-coordenador geral do Sindicado pudesse chegar a tanto, esse é só mais um retrato de como age sem piedade a ninguém e até mesmo ao sindicato o qual fez parte da diretoria e é filiado, porque caberia somente a ele executar ou não o processo, esta coordenação já esta providenciando para cumprir a decisão judicial”, disse a coordenadora Maria Reis.

Acompanhe a Nota na Integra

NOTA DE REPÚDIO E ESCLARECIMENTO DO SINTEPP SUBSEDE DE XINGUARA PARÁ.

Prezados trabalhadores em educação e demais sociedade xinguarense e a quem interessar.

Nos últimos 7 anos, testemunhamos importantes manifestações comportamentais do gestor da pasta educacional de Xinguara, como: falta de diálogo com os representantes do SINTEPP para atender as demandas classistas, as quais a título de exemplo citamos: os reparos de goteiras do teto das escolas, climatização das salas de aula, alimentação escolar de qualidade, conclusão das obras das creches, diferença salarial dos secretários escolares, garantia do pagamento do piso do magistério, garantia da hora atividade e cumprimento do PCCR da educação.

Diante desse cenário, e em virtude das inúmeras tentativas de diálogo frustrados entre sindicato e SEMED, em 2014 os trabalhadores em educação do município, em uma assembleia geral resolveram deflagrar a maior greve da educação xinguarense até os dias de hoje.

Vale relembrar que durante o período de greve, houve inúmeras supressões de direitos, perseguições à trabalhadores na tentativa de retaliar o movimento grevista, porém, a categoria decidida e resolveu realizar outras ações como,  manifestações no aniversário da cidade, caminhadas, atos simbólicos como o enterro da democracia, fechamento da BR155 que liga Xinguara a cidade de Rio Maria, acampamento debaixo do pé de manga no pátio da prefeitura e no Ministério Público com 10 profissionais da educação em greve de fome.

Vale destacar que mesmo com tudo isso o secretário da pasta não recebia o sindicato com as demandas da categoria, sendo que as perseguições só aumentaram. Dentre as perseguições políticas houve inclusive o desconto integral dos salários dos servidores que aderiram à greve, mesmo quando esta era considerada legítima pela Justiça.

Além disso, os poucos servidores da educação aliados da administração municipal, começaram a tumultuar assembleias de avaliação e encaminhamentos do movimento grevista, com claro intuito de desarticular a greve.

Por esse motivo, os trabalhadores em educação já esgotados, resolveram deliberar em assembleia a expulsão de alguns filiados que estavam claramente ali para atrapalhar o movimento grevista, dentre eles, o então secretário de educação Vilmones da Silva.

Após a decisão da assembleia, Vilmones, juntamente com outros comissionados, não aceitando a decisão soberana da Assembleia, decidiram denunciar o sindicato sob alegação de descumprimento do estatuto. Tal processo tramitava desde 2014 na justiça e infelizmente agora o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará subsede de Xinguara foi condenado na ação, e para a nossa tristeza o Ex secretário de educação professor Vilmones da Silva executou o sindicato, esse é só mais um retrato de como age sem piedade a ninguém e até mesmo ao  sindicato o qual fez parte da diretoria e é filiado, porque caberia somente a ele executar ou não o processo, mas como é de seu feitio demonstrar o poder, infelizmente executou e agora resta os trabalhadores em educação filiados ao SINTEPP a pagar essa dívida.

Portanto, mediante ao exposto REPUDIAMOS a atitude do ex secretário de Educação de Xinguara professor Vilmones da Silva por ter perseguido trabalhadores em educação e  acima de tudo ter executado a ação contra o seu sindicato ocasionando bloqueio nas contas, prejudicando todas as subsedes que tem suas contas no Banco Bradesco.

A subsede de Xinguara se solidariza com as demais subsedes do Estado que tiveram  bloqueios em suas contas e asseguramos que já estamos tomando as medidas cabíveis  para efetuar o pagamento do valor determinado pela justiça, assim como, solicitar o desbloqueio das contas.

SINTEPP – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará.

Xinguara 06/10/2020

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