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Pavimentação e pontes em concreto garantem mobilidade e segurança

Mais de R$ 500 milhões por ano estão sendo investidos na malha viária do Estado do Pará. O objetivo principal, além de melhorar as condições de mobilidade, é trazer mais comodidade e segurança aos moradores dos municípios por onde as rodovias passam, e a motoristas e passageiros. A Secretaria de Estado de Transportes (Setran) criou três projetos para investir o montante de verba direcionada à malha viária: Manutenção Integral, Asfalto na Estrada e Pontes Concretas.

O titular da Setran, Kléber Menezes, informa que, ao longo do governo Simão Jatene, construção e reconstrução de pontes têm sido prioridade. “Com o passar dos anos, a característica da malha viária do Estado mudou. Hoje, o número de carretas que trafegam por elas aumentou muito, assim como o peso da carga, o que vem inviabilizando o uso de pontes de madeira, algo muito presente no Pará. O que vinha ocorrendo era a quebra dessas pontes e, consequentemente, o bloqueio de estradas, causando enormes prejuízos à população, aos trabalhadores e a todo o sistema que precisa das estradas. Por isso, optamos por dar prioridade às pontes”, explica o secretário.

Existem 712 pontes no Pará, totalizando 25.773 metros. A maioria interliga trechos de estradas. Dessas pontes, 247 já são em concreto, 88 foram erguidas com material misto e 37 estão em obras. “Até o final de 2017 concluímos 75% das obras em pontes. Atualmente, temos 78 pontes em construção, um investimento de R$ 129 milhões, para que até o final deste ano o Estado tenha 90% das pontes em concreto. A ideia é que, em 2019, sejam atingidos os 100%”, frisa Kléber Menezes.

Só na região do Baixo Tocantins os investimentos, em quatro anos de Governo Simão Jatene, somam R$ 500 milhões. “São cerca de R$ 125 milhões por ano. Nos últimos três, já entregamos a primeira ponte de Igarapé-Miri, na PA-151, contemplando a recuperação integral com acostamento nos 33 quilômetros da rodovia, no trecho que vai da rotatória da Alça Viária até Moju; reconstruímos a ponte Moju-Cidade, abalada em função de acidente com uma embarcação, e recuperamos integralmente a PA-151 na rotatória do Arapari até a cidade de Barcarena, entre outras grandes obras”, destaca.

O secretário também cita algumas obras em andamento que deverão ser entregues até o final deste ano. “Estamos avançando com a recuperação da PA-483, do trevo do Peteca até a Vila do Conde; a pavimentação da PA-252, resultado de um investimento de R$ 80 milhões, e a construção de sete pontes em concreto que ligam Igarapé-Miri à Vila Maiauatá, trabalho que deverá ser concluído até agosto deste ano. Inclusive, já temos a autorização do governador para o revestimento asfáltico nesses 18 quilômetros, orçado em R$ 30 milhões”, acrescenta.

Pavimentação – Outra frente de trabalho da Setran é o projeto “Asfalto na Estrada”, que leva pavimentação a localidades do interior, priorizando trechos urbanos das estradas. “Infelizmente, não temos recursos para dar conta de asfaltar toda a malha viária, por isso asfaltamos e construímos acostamentos nos trechos urbanos dos municípios. Assim é possível atender a população, diminuir a poeira nos períodos de verão e eliminar os alagamentos e a lama no período mais chuvoso, dando mais conforto e segurança a todos”, diz Kléber Menezes.

Essa frente de trabalho chegará à Rodovia PA-449, que liga os municípios de Conceição do Araguaia e Floresta do Araguaia. “Essa estrada possui 115 km, o que precisaria de R$ 250 milhões para que fosse completamente asfaltada, ou seja, metade do que tenho por ano para gastar em todo o Estado. Isso demonstra o quanto precisamos fazer escolhas, por isso escolhemos os trechos urbanos, levando conforto e segurança às pessoas que, em sua maioria, se concentram nesses trechos, contribuindo para deixar as cidades mais limpas”, complementa o titular da Setran.

Malha viária – O Pará possui 125 rodovias, com somam 7.352,52 km, dos quais 3.403,28 km são pavimentados; 3.715,78 km não têm pavimentação e 233,75 km estão em obras. Segundo o secretário, “para pavimentar todas as vias seriam necessários investimentos multimilionários. Mas o Estado vem trabalhando para que até o final deste ano mais da metade estejam totalmente asfaltadas”.

O projeto “Manutenção Integral” visa manter as estradas e rodovias com boa trafegabilidade, realizando serviços de recuperação asfáltica ou aterramento, construção e conserto de bueiros e pontes.

“Temos contratos com empresas de pavimentação, terraplenagem e que fazem as pontes. Contratos sobre demanda, para que seja possível a pronta resposta na recuperação de trechos de estradas, bueiros e pontes”, informa Kléber Menezes.

Um exemplo da celeridade no atendimento a essas demandas é a obra de recuperação de 15 metros da PA-256, próximo à entrada do município de Paragominas, destruídos no último dia 12 pela enxurrada que atingiu a cidade. A tubulação que escoava as águas do Rio Capim também foi danificada.

Obras em outras regiões – Na região de Itaituba, no sudoeste paraense, a Setran continua trabalhando na Transgarimpeira, em parceria com a Prefeitura Municipal, fazendo a manutenção do revestimento primário e compactação, limpeza lateral, regularização da plataforma, com abertura de valetas e correção de grade ao longo dos 190,3 km da via, no trecho entre Moraes de Almeida (BR-163, a Santarém-Cuiabá) e o Crepurizão.

Segundo José Merabeth, engenheiro responsável pela Chefia do 3º Núcleo Regional, duas pontes ao longo da estrada também estão sendo reformadas e 12 construídas. “O investimento estadual supera R$ 2 milhões, e já temos, aproximadamente, 66% das obras finalizadas”, garante.

Na jurisdição do 6º Núcleo Regional, sediado em Conceição do Araguaia, o chefe Jorge Rodrigues acompanha as obras de conservação preventiva no sul do Pará. “Estamos tapando os buracos provocados pelas chuvas na PA-279, entre Xinguara e Ourilândia do Norte, e realizando a terraplenagem no trecho de Tucumã a São Félix do Xingu, na mesma rodovia”, informa Jorge Rodrigues, acrescentando que está sendo reconstruído o meio-fio da rodovia PA-287, à altura do município de Redenção.

Texto: Heloá Canali/Agência Pará

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