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Caso Luiz Antônio: policial que registrou roubo de carro está preso

Suspeito de integrar milícia dizia ser ‘irmão de criação’ do jogador do Flamengo, que é procurado para depor sobre suposta ligação com milicianos.

Luiz Antonio defendeu o Flamengo contra o Sport no domingo (Foto: André Durão)
Luiz Antonio defendeu o Flamengo contra o Sport no domingo (Foto: André Durão)

Mais um fato revelado pela Polícia Civil mostra indícios da ligação de Luiz Antônio com milicianos que atuavam na Zona Oeste do Rio. Segundo a investigação, o carro de luxo que teria sido dado pelo atleta a um dos chefes da quadrilha teria sido dado como roubado, pelo pai do jogador, em uma delegacia. O nome do inspetor que fez o registro de ocorrência é Alexandre da Rocha Antunes, um dos mais de 20 presos na quinta-feira em operação que desarticulou a quadrilha.

De acordo com o delegado Alexandre Capote, delegado da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), o policial dizia, entre os colegas, ser “irmão de criação” de Luiz Antônio. A polícia procura o jogador para prestar depoimento. Ele pode responder por estelionato. O pai dele é suspeito de falsa comunicação de crime. Até a manhã desta terça-feira, ele não havia sido encontrado. Segundo vizinhos, ele se mudou do prédio onde morava na semana passada.

O Flamengo afirmou, em nota, que vai esperar pela conclusão da investigação para se pronunciar. Nenhum outro representante do atleta foi encontrado para esclarecer o fato.

 Veículo do modelo Ford Edge, similar ao da foto, foi entregue pelo jogador a Gão, acusado de chefiar bando Foto:  Reprodução

Veículo do modelo Ford Edge, similar ao da foto, foi entregue pelo jogador a Gão, acusado de chefiar bando
Foto: Reprodução

A polícia chegou até Luiz Antônio após depoimento de um ex-integrante da milícia. As declarações foram exibidas no Fantástico desse domingo. Entre outras revelações, o criminoso contou que um jogador de futebol frequentava churrascos realizados nos fins de semana, com direito a “muitas mulheres” e “cerveja”.

Segundo a polícia, o meia, que atuou como titular na vitória do Flamengo sobre o Sport no domingo, teria dado um carro de luxo, avaliado em R$ 120 mil, a um dos chefes da milícia. Após o presente, ele teria registrado o roubo do veículo para poder receber o dinheiro de seguro. Segundo os investigadores, o jogador teria cometido estelionato.

– Ele presenteou o miliciano para ficar bem com ele e, ao mesmo tempo, cometeu um estelionato, uma fraude com fim de receber o valor do seguro desse carro. Foi um familiar do jogador que comunicou falsamente o roubo desse carro – explicou o delegado.

Policiais foram até o apartamento de Luiz Antônio para entregar a intimação, porém ele não foi encontrado em casa. Pessoas no local informaram que ele não mora mais no endereço na Zona Oeste do Rio há, pelo menos, oito dias.

Nos contratos assinados pela atual diretoria do Flamengo há uma série de restrições em caso de envolvimento dos jogadores com crimes, inclusive com rescisão por justa causa. Outra medida é a suspensão do pagamento de direitos de imagem – no caso de Luiz Antonio não se aplica já que ele não recebe esse valor. O Flamengo não está em dia com seus pagamentos no momento. São dois meses de atraso.

Uma das promessas da atual diretoria quando assumiu a presidência era evitar a o nome do clube nas páginas policiais. O fato foi comum em um período no qual jogavam no Flamengo o goleiro Bruno e os atacantes Adriano e Vágner Love. (

Por G1 Rio de Janeiro)

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