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Mais de 10 mil militares e policiais reforçam segurança no Rio de Janeiro

Operação não terá ocupação de favelas e vai priorizar inteligência.
Blindados e comboios militares ocuparam pontos estratégicos da cidade.

MINISTROS / COLETIVAMais de 10 mil homens das Forças Armadas, da Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional já estão reforçando a segurança no Rio. As autoridades anunciaram uma operação diferente das anteriores, sem ocupação de favelas e priorizando o trabalho de inteligência.

Eram 14h quando blindados e comboios militares começaram a ocupar pontos estratégicos do Rio. No Arco Metropolitano, caminhões fizeram uma blitz. Homens fortemente armados no calçadão de Copacabana, na Avenida Brasil, na ponte Rio-Niterói, nas rodovias Presidente Dutra e na Washington Luís. Foi a primeira etapa da operação batizada ‘O Rio quer segurança e paz’.

Nesta sexta-feira (28), apenas para reconhecer o terreno. Uma demonstração de força que não deve se repetir nos próximos dias. As tropas não pretendem fazer patrulhas nem ocupar comunidades. Vão dar apoio a ações pontuais da polícia no combate ao crime.

“Essa operação visa, e por isso ela principia com inteligência, exatamente, chegar ao crime organizado, às suas cadeias de comando, aos seus meios, para poder então reduzir a sua capacidade operacional, golpear”, diz o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Nesta sexta, foram 22 pontos estratégicos. Trabalham nessa operação 8,5 mil militares das Forças Armadas, 620 agentes da Força Nacional e 1.120 da Polícia Rodoviária Federal. Um reforço de 10 mil militares e policiais.

“Nós podemos contribuir com esse esforço, missões especificas dentro de uma operação planejada em apoio à segurança pública. Não há uma rotina de participação das Forças Armadas. Nesse período, nós participaremos de diversas formas e em vários lugares”, diz o chefe da operação, general Mauro Sinott Lopes.

A decisão está em uma edição extra do Diário Oficial para a garantia da lei e da ordem no estado do Rio até 31 de dezembro de 2017. A GLO é usada em situações de grave perturbação da ordem, quando há um esgotamento das forças tradicionais de segurança pública.

Não é a primeira vez que as Forças Armadas atuam no Rio. Em 2010, uma ocupação histórica no Complexo de Favelas do Alemão. Em 2014, foi a vez das comunidades da Maré, perto do aeroporto internacional Tom Jobim. No mesmo ano, Copa do Mundo. Em 2016, Olimpíada. E em fevereiro deste ano, tropas de novo durante a votação do pacote de austeridade na Assembleia Legislativa.

“Quando se faziam as operações anteriores, o carioca tinha uma sensação muito justa de segurança. Porém, quando nós nos retirávamos, porque é impossível ficar todo tempo, voltava aquela situação de medo, de vulnerabilidade, de orfandade anterior”, aponta o ministro da Defesa.

1065724_edit_15_02_2017_04324-1474902A sala de guerra fica no Comando Militar do Leste. Do Centro de Comando e Controle, todos os detalhes da operação serão acompanhados 24 horas por dia. Lá, trabalham juntos representantes das Forças Armadas e também das forças de segurança pública.

“As nossas ações serão pautadas pela inteligência e, nesse sentido, a atuação das policias estaduais também serão primordiais, levando, para esse grupo seleto que vai atuar na coordenação dessas missões, informações sensíveis e relevantes para o cumprimento da nossa missão, efetuando busca e captura de criminosos que trazem tanto mal à nossa sociedade”, afirma o secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá.

O ministro da Defesa pediu um voto de confiança e advertiu que os resultados podem demorar. “Isso não dará resultados extraordinários, digamos assim, do dia para a noite. Não vamos ter mágica, não vamos ter pirotecnia, vamos ter trabalho duro e continuado”, destaca Jungmann.

Globo.com

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