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Empresa que contaminou águas no Pará, precisa ser multada e suspensa segundo Ministro

Nesta segunda-feira (26), Sarney Filho, Ministro do Meio Ambiente, disse que a empresa Hydro Alunorte, terá que se explicar e responder sobre os danos ambientais e sociais que ela está causando na região, “pelos laudos não tenho dúvida nenhuma de que a Hydro Alunorte é a única responsável pela contaminação das águas no município de Barcarena e região, tanto que estou determinando o embargue e multas pesadas conforme nossa legislação”, afirmou Sarney Filho.

Os laudos do Instituto Evandro Chagas – IEC, contatou que a agua foi contaminada por soda cáustica, bauxita e chumbo, após as fortes chuvas dos dias 16 e 17 de fevereiro. O instituto também verificou a existência de um duto clandestino utilizado pela mineradora para despejo de rejeitos diretamente no meio ambiente.

Na opinião de Sarney Filho, é necessário o embargo às atividades da empresa, de origem norueguesa. O embargo da bacia de rejeitos da mineradora já foi recomendado pelo Ministério Público Federal.

Nesta segunda, o ministro anunciou que determinou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que apure a situação com “urgência” e tome todas as providências legais e administrativas necessárias para “cessar imediatamente os atuais danos ambientais” causados pelo vazamento.

Entre as medidas que podem ser tomadas pelo Ibama, segundo o Ministério do Meio Ambiente, está o embargo e a aplicação de multas pecuniárias.

Segundo Sarney Filho, a expectativa é que, nas próximas 48 horas, o Ibama tome alguma providência sobre o caso.

“Os elementos são muito claros e, já que existe uma análise técnica e científica a respeito da contaminação da água, eu acho que o Ibama hoje tem os elementos completos para tomar providências o quanto antes”, disse.

Vômito e diarreia

Moradores de áreas atingidas pelo vazamento de resíduos metálicos em Barcarena procuraram, nos últimos dias, o posto de saúde do bairro Vila Nova apresentando problemas gastrointestinais e coceiras na pele.

Em razão da contaminação, moradores das comunidades próximas ao local do vazamento estão sem acesso à água potável. Equipes da prefeitura de Barcarena estão tendo que distribuir água mineral para as famílias da região.

O ministro disse ainda que a situação de Barcarena é “diferente” da tragédia de Mariana (MG), em 2015, quando o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco deixou 19 mortos.

“Não estamos, como muita gente está pensando, à beira de uma nova Mariana, mas esse vazamento é sério, vem de uma empresa que pertence ao governo da Noruega, portanto, uma empresa que deveria ter responsabilidades, ainda mais na Amazônia. Portanto, nossa decisão é que o corpo técnico do Ibama faça a avaliação devida e a partir daí se tome todas as medidas possíveis e necessárias”, concluiu Sarney Filho.

Com informação do G1/PA

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