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Frutas consumidas pelos paraenses ficaram mais caras no primeiro semestre, diz Dieese

Explicações para alta de preços vão desde a importação de grande parte destes produtos, passando pela intermediação e sazonalidade de outros

img_87291Um balanço efetuado pelo Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese-Pa) com base em pesquisas semanais efetuadas em feiras livres e supermercados da Grande Belém mostra que entre janeiro e junho de 2017 a maioria das frutas comercializadas nesses locais apresentou alta de preços, com reajustes acima da inflação de 1,12% estimada no período.

Segundo o Dieese, os aumentos de preços mais expressivos ocorridos no primeiro semestre de 2017 foram registrados nos seguintes produtos: manga rosa, que teve alta de 22,80%; seguida da melancia, com alta de 19,80%; abacate, com alta de 17,93%; melão amarelo, com alta de 12,45%; maracujá, com alta de 7,58%; e mamão, que ficou 7,14% mais caro.

Tendência de queda

Apesar da alta, o balanço referente aos preços das principais frutas no mês passado mostra queda da maioria em relação ao mês de maio, com destaque para a tangerina (kg) com recuo de 16,28%, seguida do mamão (kg) com queda de 7,45%; banana prata (kg) com queda de 3,70% e do maracujá (kg) com queda de 1,54%.

Acostumada a ir à feira diariamente, a dona de casa Regina Leila Silva confirma os dados do Dieese-Pa. “Eu percebi uma pequena diminuição do preço agora em junho, mas continua caro”, disse.

Também em junho algumas frutas voltaram a apresentar altas de preços, com destaque para o limão (kg) com reajuste de 5,73%, seguido do abacaxi (unidade) com alta de 3,57% e do abacate (kg) com alta de 2,19%. O descarregador de caminhão Sandro Lopes, que trabalha nas Centrais de Abastecimento do Estado do Pará (Ceasa), percebeu esse aumento principalmente no abacate. Viu o fruto custar em média R$ 10,00 o kg em junho desse ano, enquanto em dezembro de 2016 custava apenas R$ 3,50. “A maçã também está custando bem caro agora. A caixa pulou de R$ 120,00 para R$ 180,00 na Ceasa”, informa.

As explicações para as altas verificadas vão desde a importação de grande parte dos produtos que são comercializados no estado, passando pela intermediação e sazonalidade de outros.

Orgânicos

homeorganicosA paisagista Nathália Haber disse que, com o preço elevado das frutas no supermercado, prefere procurar alternativas orgânicas – alimentos que tradicionalmente são mais caros, mas cujos preços estão cada vez mais próximos do bolso do consumidor.

“Há muitos pontos de comercialização de frutas orgânicas que funcionam quinzenalmente. Vários agricultores trazem os produtos para Belém e continuam vendendo ao mesmo preço”, disse Nathália.

Entre os locais destacados pela paisagista está a Feira do Pequeno Agricultor, que funciona no Campus Guamá da UFPA, no Complexo do Vadião, sempre a partir de 8h. Também há um Ponto de Cultura Alimentar na Praça da Sé e são comercializados quinzenalmente, geralmente no primeiro final de semana de cada mês, multiprodutos da agricultura familiar como frutas, arroz orgânico, e farinha de Bragança. O telefone é (91) 98315-9078.

G1/PA

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