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Metade da população do Pará já foi recenseada; mulheres “dão de pau”

Tá sobrando “muié” na maior praça financeira da Região Norte! Segundo o IBGE, elas estão ganhando dos homens com 73 mil habitantes de diferença. E olha que o censo está na metade

O censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) contou até o último domingo (2) cerca de 4,323 milhões de paraenses, 49,2% dos 8,777 milhões de paraenses projetados para este ano. Com a coleta atrasada em todos os cantos do país, o órgão oficial de estatística vai estender o recenseamento presencial até dezembro. Antes, a previsão era de que os trabalhos se encerrassem no final deste mês.

As informações foram levantadas pelo Blog do Zé Dudu, que analisou dados parciais da coleta liberados ontem (3) pelo IBGE. No Pará, as mulheres recenseadas são maioria: 2,198 milhões, ante 2,125 milhões de homens. Por enquanto, elas vencem com diferença de 73 mil habitantes, o equivalente ao tamanho da população real de Canaã dos Carajás só com mulheres.

O Blog apurou com exclusividade que, até o momento, todas as 27 Unidades da Federação registram mais mulheres que homens contados, e essa deve ser a tendência até o final do censo. Em São Paulo, a diferença chega a 725 mil mulheres a mais, e no Rio de Janeiro, 549 mil. A menor vantagem está em Roraima, estado menos populoso do país e onde há até agora há somente 2,4 mil mulheres a mais que homens.

Coleta atrasada

O grande desafio ― na verdade, problema ― do censo demográfico hoje se chama coleta. Os estados do Piauí e Sergipe são onde a coleta está mais avançada, uma vez que eles já recensearam 69,4% e 69,1%, respectivamente, da população estimada. Alagoas (64,5%) e Rio Grande do Norte (64,4%) vêm na sequência. No extremo oposto, Mato Grosso é o estado com coleta mais atrasada, onde apenas 31,28% da população foi contada. São Paulo (38,5%) e Amapá (40,3%) vivem o mesmo drama de lentidão na coleta de dados.

De acordo com o IBGE, o Pará conta com 2.909 recenseadores em atividade, o equivalente a 47,52% do total de profissionais inicialmente previsto. O instituto assume estar enfrentando dificuldades relativas à falta de pessoal para atuar como recenseador em determinados locais e afirma que vai implementar medidas para alavancar e melhorar a produtividade nos estados com menor percentual de população recenseada.

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