Notícias

Rodovia BR 155 volta a ser interditada no sul do Pará

4c73d667-3358-403e-a91d-d0b51ef7ec3cA principal Rodovia que corta o Estado do Pará, ligando o sul ao norte do estado, volta a ser interditada pela segunda vez em menos de um mês. A BR 155 amanheceu fechada nessa sexta-feira 15, o bloqueio durou mais de 8 horas, a Rodovia só foi liberada por volta das 13 horas.

A BR 155, que recentemente esteve bloqueada próximo a Cidade de Sapucaia por moradores daquela Cidade e região, que reivindicavam a restauração da via que liga os município do sul e sudeste a Capital do Estado, volta a ser fechada. Dessa vez a Rodovia foi interditada pela Liga dos Camponeses Pobres (LCP), dissidentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o bloqueio da BR aconteceu entre os municípios de Eldorado dos Carajás e Sapucaia.

Membros do Acampamento da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) fecharam a BR 155, no sentido Eldorado-Xinguara, os manifestantes usaram troncos de madeiras e pneus para bloquear a Rodovia. Acredita-se que o fechamento da rodovia esteja relacionado com as ações promovidas pelo movimento em relação ao Abril Vermelho.

72e07ed4-5bfb-429f-92cf-338bf153d3c7Os coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, João Pedro Stédile e João Paulo Rodrigues anunciaram recentemente que o MST iria realizar mobilizações intensas neste ano, com destaque para a volta do chamado “Abril Vermelho”, período em que o MST realiza ocupações e manifestações em todo o país, para reivindicar reforma agrária. “A jornada vai começar em 8 de março, com as mobilizações das mulheres. Março e abril serão marcados por ocupações de latifúndios improdutivos. Voltaremos a marchar em todos os estados”, afirmou Stédile em entrevista concedida ao Site da CUT em fevereiro.

A principal reivindicação do movimento é a retomada da reforma agrária pelo governo federal. O movimento entregou, em dezembro, uma carta para a presidenta Dilma Rousseff com todos os pontos de pauta para os quais o MST exige avanços. “O ano de 2015 foi perdido. A presidenta não assinou nenhum decreto de desapropriação. Sem ter terra, você pode ter o melhor programa de apoio à reforma agrária do mundo, que não adianta. O povo precisa de terra”, disse João Paulo na mesma entrevista.

Outro ato previsto pelo MST seria em memória aos 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás. Em 17 de abril de 1996, na chamada ‘curva do S’, em Eldorado dos Carajás no Pará, onde 21 militantes do MST foram mortos. Stédile afirmou que na véspera os sem-terra pretendem permanecer por três dias no local que ficou marcado e conhecido como “Curva do S”.

Por Roserval Ramos

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo