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Morador de Água Azul morre em frente ao Hospital Regional Público do Araguaia

José Valter Santana, de 57 anos, morreu na tarde desta terça-feira, 21, em frente ao Hospital Público Regional do Araguaia, em Redenção, sudeste do Pará, após várias tentativas de reanimá-lo, dentro da ambulância que foi impedida de entrar unidade.

O drama foi filmado, mostrando que os profissionais realizavam procedimentos na tentativa de reanimá-lo, entretanto, depois de quase quarenta minutos, sem poder dar entrada na UTI do HRPA, Valter veio a óbito.

De acordo com o registro do caso, no Boletim de Ocorrência, pela manhã José Valter foi a Xinguara, distante 70 quilômetros de Agua Azul do Norte, onde morava, tendo ido a uma clínica particular para realizar uma consulta com um médico cardiologista, acompanhado por familiares. A nora da vítima, Pamyla Moabe Marçal da Silva, disse que na clínica, após a consulta, José teria se sentido mal, tendo recebido os primeiros atendimentos, porém, o médico recomendou que o levasse a Unidade de Pronto Atendimento – UPA de Xinguara.

Na UPA, José foi atendido pelo médico de plantão, Dr. Álvaro, que ao constatar a gravidade em que se encontrava o paciente, como medida protocolar, decidiu por encaminhar ao HRPA, onde possui UTI. Antes, porém, comunicou a situação para o médico Jhonata Nascimento, de Água Azul do Norte, que acompanha o quadro clínico de José.

O paciente foi levado para Redenção, estabilizado e acompanhado pelo médico de Água Azul, tendo sofrido uma parada cardíaca já na cidade de Redenção. Ao chegar ao HRPA, o paciente continuou dentro da ambulância recebendo procedimentos na tentativa de ser reanimado, enquanto aguardava autorização para entrar no Hospital.

Segundo o médico Jhonata, antes mesmo de chegar ao Hospital fez contato com a médica Aline, que seria a responsável pelo recebimento do paciente e fazer os encaminhamentos necessários, tendo sido informado por ela que havia a necessidade de estabilizar o paciente, para só em seguida ser recebido, alegando ainda que não havia respirador. Jhonata informou que se fosse o caso, emprestaria o aparelho, “Doutora, nós temos respirador aqui na ambulância, se é isso o caso, nós emprestamos”, questionou ele.

O caso foi presenciado por diversas pessoas e familiares que estavam no local, tendo sido filmado e publicado em vários grupos de Whatsapp, ganhando grande repercussão negativa por conta de toda situação considerada burocrática para o atendimento. A polícia teria sido chamada para garantir a entrada da ambulância na Unidade de Saúde, porém, nem isso foi suficiente para que valesse o direito ao atendimento.

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Texto: Antonio Guimarães

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