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Polícia Civil prende autor do assassinato do indígena em Ourilândia do Norte

Após um minucioso e sigiloso trabalho de investigação, sob comando do Delegado de Polícia Civil, Luiz Alberto Almeida, que teve início no dia 29 de dezembro de 2018, após o indígena Djokro Kayapó, de 24 anos de idade, conhecido por “Pio”, ter sido assassinado na noite anterior, a Polícia Civil de Ourilândia do Norte, prendeu, nesta quarta-feira 09 de janeiro de 2019, Douglas Silva de Sousa, apontado como autor do assassinato do indígena,

O crime ocorreu no dia 28 de dezembro do ano passado, em Ourilândia do Norte, sudeste paraense, no Setor Liberdade. A vítima foi morta com vários golpes de facão, a maioria dos golpes foram na cabeça. As primeiras informações sobre o crime, na ocasião, foram levantadas pela investigação da equipe da Polícia Civil da cidade, e chegaram a apontar indícios de que a o crime tinha sido motivado por brigas, pois era de costume a Polícia atender ocorrência de desordem praticada pelo o indígena que fazia parte da Aldeia Turedjam, onde já não morava a algum tempo.

Djokro Kayapó foi encontrada com cortes no rosto e nas costas. A equipe de policiais civis da Delegacia de Ourilândia do Norte, após trabalho de investigação, conseguiu chegar à identificação do criminoso que, assim, teve mandado de prisão requerido à Justiça pelo delegado. No final das investigações a Polícia concluiu que o indígena foi morta sem motivação, apenas por perversidade e crueldade. “A motivação foi unicamente a maldade e o desdém pela vida humana”, salientou o delegado.

Ainda, conforme o Policial Civil, no dia do crime, a vítima estava muito embriagada, quando o acusado o viu caminhando pela rua resolveu matá-lo a golpes de facão sem qualquer motivo. Preso, o acusado negou a autoria do crime, mas a Polícia afirma ter elementos suficientes para dar o caso por elucidado e manter o acusado atrás das grades.

Douglas de Sousa responderá por homicídio qualificado, cometido por motivo torpe e por impossibilitar a defesa da vítima, previsto no Inciso II do Parágrafo 2º do Artigo 121 do Código Penal Brasileiro, a pena prevista varia de 12 a 30 anos de prisão.

Em razão do crime ter causado grande repercussão e revolta entre a comunidade indígena e também na cidade de Ourilândia, o delegado Luiz Alberto, solicitou à Justiça, em caráter de urgência, a transferência de Douglas Silva, para uma unidade do Sistema Penitenciário na Região Metropolitana de Belém, onde vai ficar custodiado aguardando o julgamento.

Texto: Walrimar Santos e Roserval Ramos / com informação da Agência Pará – Polícia Civil – PC

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