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Polícia ouve familiares de fazendeiro executado em Anapu e trabalha com hipótese de crime agrário

Segundo o irmão da vítima, mais de 100 boletins de ocorrências já haviam sido registrados por conta do confronto e invasão das terras da família.

Pelo menos 15 pessoas já foram ouvidas pela Polícia Civil, que tenta elucidar a morte do fazendeiro Luciano Fernandes. O crime aconteceu no último sábado (19), em Anapu, no sudoeste do Pará. O irmão da vítima, que foi vice-prefeito de Altamira, Silvério Fernandes, revelou ter medo de ser o próximo a ser executado.

De acordo com as investigações, o empresário foi alvejado com três tiros quando estava na varanda de casa. A vítima ainda chegou a pedir ajuda para os irmãos que estavam na residência, mas não resistiu e morreu no local.

“É muito doído você ver um irmão seu morrer na sua frente em quatro ou cinco minutos falando: ‘Meu irmão, faça alguma coisa. Me salva, eu vou morrer’. A gente sabe o risco que corre. Será que eu vou ser o próximo? Eu espero que não. Espero que as autoridades, a polícia, o Ministério Público, a Justiça, reconheça os criminosos”.

Segundo Fernandes, mais de 100 boletins de ocorrências já haviam sido registrados por conta do confronto e invasão das terras da família. “Passa dos cem boletins. A gente vem falando. Foram várias tentativas de invasão em terras nossas”, completou.

A fazenda Santa Maria, de propriedade da família, teve a sede incendiada três vezes. A Polícia trabalha com a hipótese de crime agrário. “Inicialmente estamos trabalhando algumas linhas de investigação. A principal seria a questão agraria, tendo em vista que o mesmo tinha uma fazenda invadida. Mas não descartamos nenhuma outra hipótese”, disse o delegado Wallison Damasceno.

G1 Pará

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