Em comemoração ao dia da imprensa, Câmara de vereadores realiza sessão solene.
Por Roserval Ramos e Antônio Guimarães
Em comemoração ao dia municipal da Imprensa, foi realizada uma sessão solene na noite dessa segunda-feira, 02, onde participaram da cerimônia, profissionais de diversos veículos de comunicação, comerciantes, representantes de varias entidades de classes, vereadores entre outras pessoas.
A abertura da sessão foi feita pelo presidente da Casa, vereador Dorismar Altino Medeiros que, em seguida, passou a coordenação da sessão ao presidente da Associação de Comunicadores e Imprensa de Xinguara, Antônio Guimarães. Os participantes puderam expressar suas opiniões no uso da tribuna sobre a importância da imprensa na sociedade.
Assim como em nível nacional essa data, 01º de junho, consta no calendário municipal quando há dois anos foi aprovado o projeto de Lei n.º 824-12 de 16 de abril de 2012, de autoria do vereador Cícero de Oliveira Almeida “Cição”. Ao final, a diretoria da Acix entregou ao secretário da mesa diretora da CMX, vereador Cição, um documento solicitando melhores condições de trabalho aos profissionais que fazem a cobertura das sessões, por se tratar de inúmeras situações que, por vezes, tem constrangido alguns membros da imprensa no pleno exercício da profissão.
A imprensa xinguarense recebeu os comprimentos de varias autoridades que esteve presente no ato solene, como, presidente da OAB/Xinguara, Cícero Sales, presidente da ACIAPA – Associação Comercial e Empresarial de Xinguara, Alfredo Sôffa, Venerável da Loja Maçônica Estrela do Carajás, João Batista Júnior. Comerciantes da cidade também compareceram para prestigiar aqueles que matem o povo informado.
O Jornalista Roserval Ramos fez a leitura da seguinte homenagem a imprensa xinguarense.
A comunicação é a mola mestra de uma sociedade que necessita expor seus objetivos e pontos de vista, não há felicidade com mordaças, podemos ser até imprensados, mas que exista o direito da fala, da réplica, da tréplica, de várias nuances, pensamentos e segmentos, pois isto é democracia.
Graças aos profissionais de comunicação que a sociedade pode está atenta ao que acontece ao seu redor com as opiniões dos articulistas, em tempo real as agências colocam na internet os fatos e hoje nós podemos criticar e falar do que não concordamos, ter acesso as contas públicas, lutar pelos nossos direitos.
As rádios nos interiores levam a notícia para o trabalhador, aquele que pensa está esquecido da sociedade, dos governos, mas não do comunicador que sobrevive porque tem você para escutá-lo. Os apresentadores, os locutores, radialistas, repórteres de TV, os cinegrafistas, os fotógrafos, os pauteiros, os editores, os arquivistas, os que fazem documentários, enfim ser jornalista não é fácil. Parafraseando Camões ser jornalista é ver fogo que ninguém vê, é ferida que dói saber demais e muitas vezes não poder falar, por que no bolso vai apertar, é perder o emprego muitas vezes, porque não agradou a linha empresarial, é viver entre o bem e o mal….é driblar situações e manter o equilíbrio, e extrair da mais feia situação a essência para o seu leitor, telespectador e ouvinte.
A comunicação é via de duas mãos e muitas vezes o poder está nas mãos de poucos. Não vivemos mais numa ditadura, podemos falar em linhas claras e não obscuras o que passamos em nosso dia a dia. Os comunicadores, muitas vezes, em meio aos dissabores enviam a pauta para a sociedade gritar e não se calar diante das injustiças, do racismo, da corrupção. Aí a sociedade instiga, ironiza, critica e é repórter dos algozes nas CPIs da vida. Na verdade, o comunicador é um misto de aprendiz e médico, de professor e emissor de notícias que ora alegra a sociedade, ora abala o Brasil, mas o verdadeiro profissional é aquele que não se cala e por fidelidade ao seu ofício pode até perder o seu emprego, mas não deixa de falar a verdade dos fatos, não deixa de ser jornalista.
Parabéns a todos nós, que fazemos o lead diário para um povo que anseia por dias melhores. O poeta encanta e o jornalista planta todos os dias, uma semente de esperança ao fazer da notícia um instrumento de dar vozes aos sem voz e de dar voz de alerta, aos que roubam da nação suas riquezas prediletas.
Autora: Tânia Rocha Jornalista e poetisa