Protesto

Protesto de índios impede saída de funcionários de projeto Onça Puma no PA

Índios Xikrin pedem maior repasse de recursos e protestam desde o dia 12.
Polícia Civil diz que oito funcionários do projeto permanecem no local.

G1/PA

Manifestantes se concentraram na portaria do local no sábado, 14. (Foto: Wesley Costa/ Arquivo pessoal)
Manifestantes se concentraram na portaria do local no
sábado, 14. (Foto: Wesley Costa/ Arquivo pessoal)

Um protesto realizado por índios da etnia Xikrin restringe a entrada e saída de funcionários do projeto Onça Puma, em Ourilândia do Norte, na região sudeste do Pará, desde a última quinta-feira (12). “Alguns funcionários ainda podem entrar e sair a pé da unidade, mas oito são mantidos em cárcere privado desde quinta”, informa o investigador da Polícia Civil, João Nunes. Os manifestantes pedem aumento do repasse de recursos pela companhia Vale, responsável pela atividade na área.

Segundo a polícia, os indígenas estariam armados na portaria da empresa. No final da tarde deste sábado, a Justiça determinou a reintegração de posse da área, e caso os índios não cumpram a medida, pagarão multa diária no valor de R$ 10 mil. Nunes informou ainda que já foi solicitado ao Governo do Estado um reforço no efetivo policial do município, para que seja realizada a reintegração de posse no local.

Neste sábado (14), cerca de 300 manifestantes ocuparam a portaria da empresa. A Vale informou que cerca de 50 empregados e terceiros eram mantidos no local, e os índios teriam ameaçado pôr fogo nas instalações da unidade. Ainda de acordo com a Vale, os índios reivindicam mudanças na proposta de acordo em andamento entre a empresa, Funai e Ministério Público Federal, que prevê o repasse de recursos em custeio e projetos para as comunidades indígenas, mas os manifestantes pedem que o repasse seja feito integralmente em custeio e que haja verba adicional para projetos.

A empresa diz que já está sendo dado o devido encaminhamento para as questões acordadas com as demais comunidades indígenas da região e que repudia qualquer forma de violência que ponha em risco a vida e a segurança dos empregados.

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