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Ex militares acusados de matar e incendiar corpo de comerciante vão a julgamento nesta quinta-feira, em Belém

Motivo do crime seria uma dívida no valor de R$ 6 a R$ 9 mil, que os réus deviam à vítima e estavam com dificuldades para pagar. O crime ocorrido em novembro de 2014 teve grande repercussão.

Começou na manhã desta quinta-feira (17), na sede do Fórum Criminal, em Belém, o julgamento de dois ex militares do Exército que são acusados de assassinar o comerciante Antônio Junior Moraes da Silva, de 29 anos, em novembro de 2014. O corpo da vítima foi encontrado carbonizado dentro do próprio carro, em um matagal no bairro do Curió-Utinga, e o motivo do crime seria uma dívida no valor de R$ 6 a R$ 9 mil, que os réus deviam a Antônio e estavam com dificuldades para pagar.

O julgamento começa com oito pessoas sendo ouvidas, testemunhas dos réus e do Ministério Público. Segundo o Tribunal de Justiça, há a possibilidade do julgamento se estender para um segundo dia.

Na época, o crime ocorrido no dia 06 de novembro de 2014, teve uma grande repercussão. De acordo com a polícia, o soldado do Exército Fábio de Jesus Mattos Raiol e o cabo também do Exército Laurentt Ricardo de Souza Pereira, ambos com 25 anos na época do crime, teriam matado a vítima juntos e depois incendiado o corpo e o carro. Os acusados foram presos no dia 30 de novembro e, em depoimento, teriam assumido a autoria do crime.

Eles explicaram em depoimento que a vítima emprestava dinheiro a juros muito altos e que estariam sendo ameaçados, já que estavam com dificuldades para quitar a dívida. Segundo o inquérito, os réus teriam assassinado a vítima asfixiada e depois decidiram incendiar o carro do empresário com o corpo dentro.

A polícia estava investigando o caso, quando soube que uma pessoa havia dado entrada no Hospital Metropolitano com queimaduras. Esse paciente era Laurentt Ricardo de Souza Pereira, que no momento em que incendiava o carro da vítima, acabou sendo atingido pelas chamas. Ele sofreu queimaduras e chegou a ir a uma unidade de saúde no bairro do Icuí, de onde foi transferido para o Metropolitano. A polícia suspeitou da ligação e começou a investigar. O outro acusado continuava trabalhando e foi preso dentro do Comando Militar do Norte.

A identificação da vítima só possível depois da realização de um exame de DNA, cujo resultado foi divulgado após vinte dias do crime. De acordo com informações da polícia, funcionários da Ceasa denunciaram por meio do 190 a ocorrência de um veículo incendiado no matagal, nas proximidades da estrada da Ceasa. A identificação do carro foi possível pela localização da placa e devido o contato feito com a esposa da vítima, que confirmou que o marido saiu de casa por volta de meio dia e que ele era dono de um carro do mesmo modelo, cor e placa do veículo encontrado.

A mulher disse que não conseguia falar com o marido por telefone e não tinha informações sobre o que ele teria ido fazer na rua. Ainda segundo a esposa da vítima, a mulher informou que o marido trabalhava com a venda de confecções e que serviu quatro anos ao Exército.

G1/PA  

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