

Depois de serem noticiados os problemas que estão levando ao retardamento da conclusão da construção de casas do Programa Minha Casa Minha Vida, em Xinguara, vereadores que compõem a base de oposição se manifestaram preocupados com o fato dos inscritos no Programa viverem a angustia da incerteza da integra de suas casas.
Para o vereador Luiz da Saúde, do PCdoB, é preocupante o fato das pessoas terem saído de suas moradias para dar lugar a construção das casas e, no entanto, até agora não foram concluídas.
“Pretendemos acionar o Ministério Público Federal para que alguma coisa seja feita, pois as famílias se encontram desalojadas de suas casas”, disse.
Havia um compromisso da empresa responsável de realizar a entrega das casas até o final do ano passado. Agora, o prazo, após ser prorrogado, se encerra em junho.
Outro vereador que manifestou indignação sobre o descaso foi Cicero Almeida – o Cição, PSB. Para ele, a prefeitura deveria tomar medidas, pois, é parte responsável na assinatura do Termo de Compromisso.

Disse ainda que, “a gestão municipal tem agido com morosidade sobre a questão, deixando de ir buscar solução para o problema”.
Na condição de vereador Cição justifica que está fazendo a sua parte, “temos procurado fazer o que está ao nosso alcance, fomos juntamente com o vereador Adair Marinho e Luiz da Saúde ao Ministério das Cidades e lá entregamos documentos informando o que está acontecendo em nossa cidade, em relação a esse descaso por parte da empresa responsável”. Relata ele
Adair Marinho, que esteve em Brasília, disse que o governo federal requer a prestação de contas sobre o que já foi feito para que, só assim, sejam liberados os valores restantes para a conclusão das obras.

Entre as opiniões dos vereadores, há quem acredite na possibilidade da conclusão das obras dentro do prazo estabelecido e há quem não acredite que a empresa tenha condições de construir mais de 70 casas até o dia 23 de junho, data final para entrega das casas, num total de 100 unidades.
Das 100 unidades, apenas 24 estão em fase de conclusão, enquanto que o restante nem ainda foi iniciado. Dos recursos liberados pelo Ministério, quase meio milhão já teria sido repassados para construção das casas, porem, nem a metade das moradias foram construídas.
Outro fator alertado pelo vereador Claudio Marques, PT, diz respeito às inviabilidades que podem ocorrer sobre o município por não cumprir os prazos estabelecidos, o que pode acarretar em dificuldades para outras captações de recursos para moradia popular. (Texto: Antonio Guimarães / Fotos: Gesiel Teixeira)